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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ERNESTO ARAUJO

( Brasil – Rio Grande do Sul ) 

 

Ernesto Henrique Fraga Araújo (nascido em Porto Alegre, 15 de maio de 1967) é um diplomata e escritor brasileiro. Foi ministro das Relações Exteriores do Brasil entre janeiro de 2019 e março de 2021.

 

Cursou o 1º. Grau no Colégio Rosário e o 2º. Grau, concluído em 1984, no Colégio Marista.

Graduou-se em Letras pela Universidade de Brasília. Aprovado no concurso de admissão do Instituto Rio Branco em 1990, ingressou na carreira diplomática em 1991.

Desde cedo interessou-se pela literatura, a princípio mais voltado para a ficção, depois para a poesia.

Escreveu "Ocidente" entre 1983 e 1984.

Nascido em Porto Alegre, Ernesto Henrique Fraga Araújo é filho de Henrique Fonseca de Araújo, ex-Procurador-Geral da República e ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul, e Marylin Mendes Fraga Araújo. Seu tio, Ernesto de Araújo, foi Almirante da Marinha do Brasil e diretor da Escola Superior de Guerra. Henrique Fonseca de Araújo é conhecido por ter sido contrário à extradição do criminoso de guerra nazista Gustav Franz Wagner, não atendendo às requisições da Polônia, Áustria, Israel e Alemanha Ocidental. Ernesto Araújo é casado com a também diplomata Maria Eduarda de Seixas Corrêa, com quem tem uma filha, e é genro de Luiz Felipe de Seixas Corrêa, embaixador e ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).

Carreira diplomática

Aprovado no concurso de admissão do Instituto Rio Branco em 1990, ingressou na carreira diplomática em 1991. Após concluir o curso de preparação à carreira diplomática no Instituto Rio Branco, tornou-se assessor na divisão do Mercosul, onde foi responsável pela negociação da Tarifa Externa Comum e regimes comerciais.

A partir de 1995 passou a integrar, como secretário, a Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas e, em 1999, transferiu-se para Berlim, trabalhando como responsável pelo setor econômico da Embaixada do Brasil na Alemanha.

Como chefe de Divisão comandou as áreas de Serviços, Investimentos e Assuntos Financeiros (2003-2005) e de Negociações Extra-Regionais do Mercosul (2005-2007) no Ministério das Relações Exteriores. Como Ministro-Conselheiro, atuou em Ottawa (2007-2010) e Washington (2010-2015), exercendo a Vice-Chefia de Missão nas Embaixadas do Brasil no Canadá e nos Estados Unidos, respectivamente.

De volta a Brasília, atuou como subchefe de gabinete do Itamaraty até assumir, em outubro de 2016, a direção do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos. Em junho de 2018, foi promovido a Ministro de Primeira Classe - posto que, no Brasil, por cortesia, é usualmente chamado "embaixador", mesmo que o diplomata em questão jamais tenha chefiado uma embaixada, como é o caso de Araújo.

Ministro das Relações Exteriores do Brasil em 1988.

de 1º. de janeiro de 2019 a 29 de março de 2021, no governo de Jair Bolsonaro.
 

Biografia completa, ver em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Araujo 

 

 

PRIMEIRO MAR,

Do que se diz, tudo se cumpre:
Os meus ditos pelo lado certo,
Os bons pelo contrário.
O preferido e o pensado,
De nenhum se esquecem os fatos.

Só a antiga profecia de sempre,
Que diz que um dia e não diz mais nada,
De lado nenhum acontece.
Não se cumpre,
Nem mesmo se tece.

Não se nega
Sempre pronta a ser lançada:
Um dia...
Mas depois se faz calada.
O silêncio a carrega.


CINZA

O mar ilimitado e estreito, anterior,
É o o campo onde, à noite, os homens se deitam
Para pensar que essa noite não conhece os seus

                                                                  anseios
Onde, à noite, pensariam no mar.

As ondas crescem, o céu se agita
E os homens não sabem aonde os vão levar
Os ventos que seguem,
Se as costas que prometem ou a parte alguma.
Não sabem donde ventam. Só os seguem.
E à noite estudam as estrelas,
Sinais do céu inquieto,
Procurando o que as nutre no seu brilho,
Não sabendo se brilham para eles
Ou se as inventam.

Do mar fechado, à noite, se perguntam:
Se o céu se fecha, por que insistem as estrelas
Ainda a brilhar?
Mal têm as estrelas e perguntam
Se alguém as terá.

A vida são metades
Aos homens concedidas
E à noite eles se deitam a pensar
O que há, o que haverá, o que haveria
Nas metades escondidas.

 

       CHEGADA

As ondas, as ondas do mar cinzento,
Quantas naus perdidas abandonais
Nas terras do pensamento.

As veias, as velas vindas no vento
Contrário, que o da ida não venta mais,
Venceram por um momento
— Por dois seria demais —
E tornam, lavadas do intento
Nas ondas que as trazem finais.

As ondas, as ondas do mar parado,
Descansai agora em qualquer lugar.
Por enquanto está tudo acabado.


TERCEIRA GUARDA: SEGREDO


Aqui estamos todos os mortos
Duma vida e do abismo seu
Porque não achamos os portos
Do segredo que nos morreu.

Quereis acabar. Muito bem.
Não me cabe mais impedir.
Na morte a vida intervém
E faz não haver aonde ir.

Mas na morte que vos concedo
Estais mortos mais que eu:
Perdestes o vosso segredo
E eu ainda procuro o meu.


TALHE


Todo querer quer o mesmo,
Chegar, ter e descansar;
Todo mar se ergue da água,
Seja raso e estreito ou largado,
E as ondas têm nome em todas as línguas.
— Mas só nós as chamamos assim.

A diferença é esta, entalhada no ar,
Pressentida por força e por mais,
Escrita em letras que inventamos
Porque as não entendemos.
— Nem sabemos  se as talhamos nós
Ou se só a vimos.
(Dizem até que a fingimos.)

O que é, não se pode ver,
O que diz não podemos ler
(Dizem que não queremos).
Por ela não foi que tentamos
Nem por ela nos falharam
(Dizem que foi)
Mas ninguém se convence, por ela,
De que o império inteiro caberia
Só numa praia.

 *

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Página publicada em fevereiro de 2023

 

 


 

 

 
 
 
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